22 de fev. de 2012

Always by your side Parte 2 - Acertando as coisas




Fiquei um tempo deitada, pensando em tudo o que havia me acontecido, e como eu teria que seguir minha vida dali para frente. Peguei uma fotografia minha com meu namorado, ou ex-namorado, eu não sabia bem o que ele era. De repente um pensamento louco veio em minha mente, cheguei a pensar em namorar o Justin, quando percebi aqueles pensamentos arregalei meus olhos, e fiz um sinal negativo com minha cabeça, devolvi a foto em seu lugar e fui ao banheiro tomar banho. Terminei meu banho e desci quando minha mãe chegou dizendo que queria conversar comigo...
Mãe: Beatrice precisamos conversar...

Eu: Fala – disse enquanto olhava para ela seria.
Mãe: As coisas não podem ficar assim, você é minha filha, você obedece a regras, eu não gostei nem um pouco de como você falou comigo no carro, o que era aquilo? – ela disse com um tom relevante
Eu: Bem, era eu, enfurecida, por ter deixado tudo que eu amo, por causa daquela coisa... Que você chama de namorado. –rebati e sorri falso.
Mãe: Beatrice! Não me provoca! Você é uma adolescente, logo vai esquecer seu ex namoradinho, era coisa boba. Coisa do momento. – disse ela num tom de deboche
Eu: Então quer dizer que por que sou adolescente não tenho sentimentos? Por que sou adolescente, quer dizer então que eu não o amava? Se você quer saber, eu o amava sim, além do mais, eu ainda o amo! – disse alterando minha voz
Mãe: Chega! Beatrice! Me escuta nos precisamos ficar aqui pro seu bem, tente me entender, eu quero que você seja feliz, você vai se interessar por outros garotos, arranjar novos amigos e tudo mais. – ela disse acalmando a voz- eu não quero que as coisas fiquem assim entre-nos filha, eu te amo, só quero seu bem. – ela disse colocando a mão sobre a minha
Eu: Não é o que parece. – disse rude e olhei para sua mão
Mãe: Por favor, me perdoa. – ela disse e seus olhos encheram de água. Eu não poderia ver ela daquele jeito, apesar de tudo ela era minha mãe, eu precisaria dela comigo.
Eu: Eu te entendo, mas eu deixei tudo pra trás, tudo que eu amo, por causa de uma pessoa, só por causa do seu namorado, isso dói, mais mesmo assim, eu te amo mãe. –Eu disse e rapidamente ela me abraçou.
Mãe: Eu te amo filha. – ela disse ainda me abraçando.
Eu: Eu te amo mais mãe. – disse soltando-a, pegando em suas mãos e sorrindo.
Mãe: Bem, vamos sair pra almoçar? – ela disse sorrindo.
Eu: Vamos. – disse e sorri. Finalmente sairíamos eu e minha mãe, só nos duas, como mãe e filha. Eu sentia falta disso às vezes. Entramos no carro e ela ligou o rádio, estava passando minha música favorita “Give Your Heart A Break” da Demi Lovato, enlouqueci, comecei a cantar feito uma louca, ela ria de mim enquanto estava concentrada na estrada, finalmente depois de uns 10 minutos chegamos ao restaurante. Entrei sem reparar muito e me sentei em uma mesa perto da janela, peguei o cardápio e comecei a procurar o que eu iria comer quando minha mãe me interrompeu.
Mãe: Filha olha aquele garoto ali, não para de te olhar. – disse ela cochichando
Eu: Que garoto? –disse e olhei em volta atrás do tal garoto que me fitava
Mãe: Aquele ali – ela disse e apontou para ele disfarçadamente. Segui com os olhos até onde ela apontava, para a mesa da frente...
Eu: Justin? – disse fitando-o.
Mãe: Você o conhece? – ela disse e eu ainda fitava o Justin, que estava com aquele sorriso lindo dele.
Mãe: Filha? – ela disse e passou a mão na frente dos meus olhos, tirando minha concentração dele.
Eu: Oi. – eu disse arregalando meus olhos.
Mãe: Você o conhece? – ela disse sorrindo.
Eu: Sim. – eu disse e sorri de lado.
Mãe: Da onde? Da escola? – ela disse
Eu: É ele é da minha turma, fizemos dupla hoje. – eu disse e sorri lembrando as palhaçadas que ele havia feito.
Mãe: A ta, entendi. Vai lá falar com ele, ele está sozinho.
Eu: Eu não... – disse e olhei pra ele, quando nossos olhos se encontraram e ele sorriu.
Mãe: Vai filha, enquanto a comida não chega. – ela disse me incentivando.
Eu: Ok, eu vou. – eu disse e revirei os olhos. Me levantei e fui andando devagar até chegar à mesa onde ele estava. - Oi – disse timida e sorri.
Justin: Oi. – ele disse e sorriu. – Senta. – ele disse se levantou e puxou a cadeira para mim.
Eu: Obrigada Justin. – disse e sentei.
Justin: Então... Tudo bem? – ele disse e riu.
Eu: Tudo sim. – eu disse e ri.
Justin: Quem é aquela? – ele disse referindo a minha mãe.
Eu: É minha mãe. Viemos almoçar juntas aqui, pela primeira vez – eu disse e ri.
Justin: A sim... Bonita como a filha. – ele disse e riu. Senti minhas bochechas arderem enquanto eu sorria envergonhada.
Eu: Obrigada, e você, veio sozinho?
Justin: Não... Vim com minha namorada. – Confesso que quando aquelas palavras saíram da boca dele, o sorriso que estava em meu rosto sumiu, um enorme aperto veio em meu coração, meus olhos ficaram estreitos e um nó veio em minha garganta, mas eu não podia me iludir daquele jeito.
Eu: Ah... Sim, com sua namorada, claro. – eu disse atropelando as palavras – Bem, Justin, eu vou ir, pra mesa, tchau. – eu disse e sai. Sentei-me à mesa, e os pedidos já haviam chegado, peguei o copo de suco e bebi para aliviar um pouco.
Mãe: O que foi filha? – ela perguntou percebendo meu nervoso.
Eu: Nada não mãe. – disse e bebi mais um pouco, logo vi uma garota que vinha de um dos corredores que levavam ao banheiro, ela não era muito alta, tinha os cabelos castanhos com algumas mechas coloridas, branquinha, era magra, e tinha um rosto bem bonito. Ela se sentou-se à mesa em que Justin estava e depositou um beijo em seus lábios. Naquele momento, o pequeno aperto que eu havia sentido alguns instantes antes, se transformou em um grande aperto, e o nó na minha garganta se formou novamente. Olhei para uma direção qualquer, só não queria ver o Justin com aquela garota. Eu e minha comemos em silencio. Sempre que eu olhava em direção ao Justin ela estava fazendo algo, um carinho, rindo, ou o beijando. Terminamos de comer e minha mãe pagou a conta, passamos pela mesa deles e Justin tocou me braço e disse “tchau” retribui com um sorriso forçado, enquanto percebi que sua namorada me fitava. Fomos em direção ao carro e me sentei no banco da frente com minha mãe. Ela sabia que eu não estava bem, e por mais que eu não quisesse estar assim ou sentir isso, já era tarde demais, eu já tinha me apaixonado pelo Justin. Minha mãe ligou o carro iniciando a partida e fomos em silencio até o primeiro faro, quando minha mãe quebrou o silencio.

Mãe: É impressão minha ou você ficou mexida com aquele garoto, o tal do Justin?
Eu: Eu? Claro que não. O Justin é só meu amigo.
Mãe: Ta bem pensa que me engana... – ela disse e seguiu a partida. Encostei minha cabeça no vidro e acabei cochilando. Acordei com minha mãe me chamando para descer. Desci do carro e fui direto para o meu quarto, me deitei e por mais que eu ordenasse que não, aquela porcaria de lágrima escorreu dos meus olhos. Limpei a lágrima, e me encolhi mais, abraçando o travesseiro. Sua voz sempre vinha em minha mente, seu sorriso e aqueles olhos marcantes. Me perdi nos meus pensamentos e acabei dormindo, profundamente.


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